sexta-feira, 20 de novembro de 2009

AFRICANIDADE E CULTURA NEGRA -OBRAS DO ARTISTA PLÁTICO ELVIS DA SILVA

















Uma nova Técnica de Pintura: TOE (Técnica de Observação no Escuro)
Elvis da Silva é Artista Plástico, pintor, trabalha com diversas tintas ou pigmentos, acrílico, aquarela, óleo, nanquim e grafite. É o idealizador de uma técnica de pintura nova no mundo, unindo cada vez mais os laços da ciência e da arte, Elvis da Silva criou a TOE (Técnica de Observação no Escuro) , concebida em 2003 e lançada em 2007, em Campinas SP. A nova técnica consiste em ativar ao máximo as células cones, grupo de células que estão localizadas no fundo da retina humana e são responsáveis pela interpretação da cor ( através de mensuração óptica do pigmento opaco). A cor dos objetos e das coisas que vemos é combinada por três grupos de cones que captam estímulos e enviam ao cérebro através do nervo óptico, e há um tempo que cada imagem permanece existindo, até que vá sendo substituída por outra nova, algumas cores tem tempo maior que outras, ou seja os azuis de modo geral ficam mais tempo registrados na retina humana que os vermelhos que são mais fugazes. Baseado na capacidade que cada cor tem de ficar mais viva diante de sua complementar, ou cor oposta, exemplo, violeta e amarelo esverdeado, E SILVA idealizou a TOE (Técnica de Observação no Escuro) . Os elementos da TOE são conhecidos a centenas de anos, porém nunca foram utilizados por artistas e colocados da forma que fizemos, ou seja, o observador fica a uma distância que dependendo da dimensão da obra, no claro, com a luz as suas costas, a obra fica na penumbra recebendo luz refratada, e os cones do observador são ativados pela luz, após um tempo de saturação da retina que deve ser superior a 40 segundos, começam a ocorrer alguns fenômenos ópticos, com algumas pessoas que tem está sensibilidade, lembramos que mulheres e crianças de ambos os sexos de até 10 anos, são mais sensíveis a fenômenos cromáticos , do que homens adultos( devido aos hormônios masculinos).Tais ensinamentos foram desenvolvidos pelo Professor Israel Pedrosa que infelizmente não encontra-se mais entre nós, deixou um legado de pesquisa e varios tratados finais sobre fundamentos teóricos, sempre trabalhou a cor e tais fenômenos, por isso também como discipulo de Portinari ficou conhecido como o " Cientista da Cor" .O que se vê por alguns é a cor sendo exaltada, outros vêem um movimento escondido, e até a obra de arte aparecer com mais luz do que realmente tem,, a obra aparece como se estivesse numa ilusão de três dimensões, quando na verdade é pintada em duas, lembramos que nem todos os trabalhos que produzimos são confeccionados segundo a TOE, pois é trabalhosa, e que cada individuo tem uma sensibilidade diferente a percepção de tais fenômenos. O Artista Plástico Elvis da Silva, realizou desde 2002 dezenas de exposições nas cidades da região metropolitana de Campinas, em 2006 fez nove exposições individuais e cinco coletivas, em 2007, fez 22 (vinte e duas) sendo quinze individuais e sete coletivas. Em 2008 fez 31 exposições, sendo 21 individuais e 10 coletivas. Em 2009 fez 33 exposições até o mês de outubro e movimentou aproximadamente 1.500 quadros neste último ano. Natural de Pirassununga –SP, reside a nove anos em Campinas. Seus temas de pintura são: - A Cultura Indígena - Africanidade e Cultura Negra - História do Brasil e de Campinas (cidade que ele diz, o adotou).
Possui um dos maiores acervos métricos pintado sobre Cultura Negra da América Latina.


Texto e imagens retirados do site:


sexta-feira, 13 de novembro de 2009

ARTE PARA TODOS

texto de DANILA CALDERON

“Pode-se viver no mundo uma vida magnífica quando se sabe trabalhar e amar; trabalhar pelo que se ama e amar aquilo em que se trabalha.” (Nise da Silveira)

Não sei se já aprendi trabalhar. Sei apenas que, dia após dia, sigo trabalhando e muito. Amo o que faço, apesar de que, às vezes, percebo que não tenho tempo para mais nada. Não tenho mais tempo para refletir sobre tudo o que está acontecendo, nem para oferecer a devida atenção àqueles que me cercam.

Por vezes, entro em conflito comigo mesma, pois são tantas as barreiras impostas pelo sistema, tantas divisões, áreas, movimentos, períodos, tantos tipos de conteúdos: estruturante, básico e específico. Chego a pensar que se for necessário levar em consideração todos estes detalhes para que a arte seja produzida, dificilmente ela se tornará produto de todos os cidadãos comuns do mundo. Será exclusividade de uma mínima parcela de “gênios” da sociedade.

Sempre pensei que arte é para todos, produtos de todos e não se deve permitir que uma minoria se aproprie dela.

Todo ser humano expressa em tudo que faz sentimentos profundos que na maior parte do tempo nem sabe que existe dentro de si.

Arte é a expressão da alma, do mais profundo do ser, é essência.

Há um ditado que diz: “a boca só fala do que o coração está cheio".

Boca, coração, mão e corpo estão completamente ligados à expressão. Expressou? Virou Arte!

E se falando em artes visuais, a mão só expressa o que o coração está cheio, é importante ter consciência do que estamos enchendo nosso coração.

Nesta passagem aqui pelo mundo é interessante ser alguém útil, trabalhar, contribuir para o bem comum da natureza e todos que nele habitam, mesmo que tudo o que fizermos não seja reconhecido por este sistema estabelecido por meros humanos.

No andar de cima tem alguém que nos reconhece no mais profundíssimo.

A vida é um esforço constante e vale a pena.

Lute, trabalhe, viva intensamente!

Mesmo que não seja reconhecido pelos homens, tenha a certeza de que um ser superior vê todos os nossos passos e reconhecerá todos os nossos esforços.
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http://danyziroldo.blogspot.com/2009/06/arte-para-todos.html

Propostas para a arte na educação infantil










Silvia Sell Duarte Pillotto
coordenadora pedagógica do Projeto Institucional Arte na Escola / Univille, e Letícia Coneglian Mognol, pesquisadora*

A linguagem da arte na educação infantil tem um papel fundamental, envolvendo os aspectos cognitivos, sensíveis e culturais. Até bem pouco tempo o aspecto cognitivo não era considerado na a educação infantil e esta não estava integrada na educação básica. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9.394/96 veio garantir este espaço à educação infantil, bem como o da arte neste contexto.

Para compreender a arte no espaço da educação infantil no momento atual, mesmo que brevemente, é preciso situar o panorama histórico das décadas de 80 e 90. Os referenciais que fundamentavam as práxis do profissional da educação infantil eram os Cadernos de Atendimento ao Pré-escolar (1982), criados pelo Ministério da Educação e Cultura – MEC. Os textos destes Cadernos para aquele momento histórico tiveram contribuição fundamental como subsídio para as ações dos educadores atuantes na educação infantil. Entretanto, vale ressaltar que pouco priorizavam o conhecimento, centrando-se apenas nas questões emocionais, afetivas e psicológicas e nas etapas evolutivas da criança. Com relação à arte na educação, os pressupostos eram muito mais voltados à recreação do que às articulações com a arte, a cultura e a estética. Como exemplo, é possível citar a ênfase em exercícios bidimensionais que priorizava desenhos e pinturas chapadas. Ou seja, os conceitos sobre arte resumiam-se a simples técnicas. De acordo com PILLOTTO (2000, 61) “é interessante observar que esse Caderno, embora tenha uma fundamentação teórica voltada às concepções do ensino da arte modernista, na sua essência é muito mais tecnicista no que diz respeito aos exercícios repetitivos, mecânicos e sem a preocupação com a reflexão dos conceitos”.

Na década de 90, o MEC lança o Caderno do Professor da Pré-Escola, com uma abordagem contextualista, na qual a arte deixa de ser tratada apenas como atividade prática e de lazer, incorporando o ato reflexivo. Apesar dessas transformações, a arte permanecia ainda com foco em abordagens psicológicas e temáticas. A arte na educação infantil nesta década ainda buscava uma consistência teórica, conceitual e metodológica.

A partir de 2000 as discussões reflexivas sobre a arte na educação infantil ganham novos espaços na literatura, nas propostas curriculares e especialmente na pesquisa. É com este propósito que em 2002 iniciou-se na Universidade da Região de Joinville a pesquisa “O Programa Institucional Arte na Escola e sua dimensão no ensino e aprendizagem da arte”. O objetivo desta pesquisa é avaliar reflexivamente as ações dos programas de educação continuada para profissionais da educação, no intuito de perceber os aspectos frágeis com relação a arte no contexto escolar, diagnosticando a realidade para construir coletivamente novas proposições.

A pesquisa tem apontado a necessidade de novos constructos* para a arte na educação infantil, no sentido de desenvolver práxis nas quais haja a total integração do profissional da educação infantil, do profissional da arte na educação, das crianças, da instituição e da comunidade. Esta abordagem tem se mostrado eficiente e consolidada para a educação infantil na Itália, sendo disseminada em outros países. Obviamente, entende-se que cada espaço possui especificidades próprias que devem ser respeitadas. Portanto, a idéia não é a de adotar modelos estrangeiros, mas de tê-los como possibilidade de referência.

A partir desta pesquisa, a proposta é apontar constructos (a curto, médio e longo prazos), nos quais cada instituição de educação infantil tenha um profissional habilitado no ensino da arte, capaz de desenvolver projetos pedagógicos em parceria com os demais educadores, enfatizando os aspectos cognitivos, sensíveis e culturais em arte.

Nesta perspectiva, entende-se por novos constructos propostas que partem de uma visão de currículo não linear ou sistêmico, considerando o contexto histórico-social, as necessidades e interesses das crianças, no qual educadores, crianças, instituição e comunidade desenham um currículo que parte do trabalho coletivo.

O planejamento no currículo, a partir da perspectiva sistêmica, pressupõe como método de trabalho no qual professores “apresentam objetivos educacionais gerais, mas não formulam objetivos específicos para cada projeto ou atividade de antemão. Em vez disso, formulam hipóteses sobre o que poderia ocorrer com base em seu conhecimento das crianças e das experiências anteriores.” (RINALDI: 1999,113).

A partir desta visão, especificamente para a arte na educação infantil está o educador em arte, que atua em consonância com os demais educadores da instituição, aprofundando conceitos e linguagens da arte. A função do profissional em arte na educação não é simplesmente ministrar aulas fragmentadas de arte, mas, sobretudo de organizar um espaço de cultura que possibilite a ampliação das expressões e das linguagens da criança. No que este espaço contribui? “Ajuda que os professores compreendam como as crianças inventam veículos autônomos de liberdade expressiva, de liberdade cognitiva, de liberdade simbólica e vias de comunicação”. (VECCHI: 1999, 129)

Como historicamente pode-se observar, a arte na educação infantil possuía um perfil de recreação e de desenvolvimento emotivo e motor. Hoje, a arte na educação infantil está em processo de rupturas e transformações, exigindo das políticas educacionais, dos cursos de Formação de Professores, especialmente das Licenciaturas em Arte, um comprometimento com os aspectos cognitivos, sensíveis e culturais.

Cabe então, a todos os profissionais que atuam direta ou indiretamente com o ensino da arte, uma reflexão não somente dos processos de sala de aula, mas também do seu papel como cidadãos, protagonistas de uma história.

http://www.artenaescola.org.br/pesquise_artigos_texto.php?id_m=24


quarta-feira, 11 de novembro de 2009




Colegas !

A supervisora de umas das escolas que leciono, nos indicou este filme para que olhassemos, para posteriormente discutirmos numa reunião pedagógica o tema abordado no filme.

Posso afirmar que foi um dos filmes sobre educação mais marcante e emocionante que já assisti.Chorei ,me indiguinei, me encantei e ri várias vezes durante o filme, pois ele nos faz refletir sobre o olhar diferenciado que devemos ter com os nossos educandos.

Além disso o filme também nos mostra o valor da arte, do amor,da sensibilidade, da imaginação e da criatividade e de como a arte educação são importantes instrumentos de estímulos ao desenvolvimento do ser humano.

Vale apena assistir , pois ele aborda um assunto que faz parte do nosso cotidiano escolar.

Sinopse do filme:Taare Zameen Par - filme da produção de Bollywood - conta a história de uma criança que sofre com dislexia e custa a ser compreendida. Ishaan Awasthi, de 9 anos, já repetiu uma vez o terceiro período (no sistema educacional indiano) e corre o risco de repetir de novo. As letras dançam em sua frente, como diz, e não consegue acompanhar as aulas nem focar sua atenção. Seu pai acredita apenas na hipótese de falta de disciplina e trata Ishaan com muita rudez e falta de sensibilidade. Após serem chamados na escola para falar com a diretora, o pai do garoto decide levá-lo a um internato, sem que a mãe possa dar opinião alguma. Tal atitude só faz regredir em Ishaan a vontade de aprender e de ser uma criança. Ele visivelmente entra em depressão, sentindo falta da mãe, do irmão mais velho, da vida… e a filosofia do internato é a de disciplinar cavalos selvagens. Inesperadamente, um professor substituto de artes entra em cena e logo percebe que algo de errado estava pairando sobre Ishaan. Não demorou para que o diagnóstico de dislexia ficasse claro para ele, o que o leva a por em prática um ambicioso plano de resgatar aquele garoto que havia perdido sua réstia de luz e vontade de viver. O filme é uma obra prima do até então ator e produtor Aamir Khan.