quinta-feira, 28 de julho de 2011

PLANO DE AULA COM RELATO

Plano de aula

Tema: Natureza
Artista: John Constable
Ano: 3º ano
Professora: Simoni Cristina Roessler
Período: duas aulas de 50 minutos

Introdução:
Observando o interesse dos alunos em trabalhar com tinta e levando em consideração a conscientização dos mesmos pelo o meio ambiente, resolvi escolher o artista John Constable para trabalhar o tema natureza.

Objetivos:
Conhecer a vida e obra de John Constable.
Relacionar a obra do artista com a natureza.
Conhecer e aplicar técnica artística de pintura.
Observar o meio ambiente.
Produzir uma pintura com base em uma obra de John Constable.

Recursos:
Algodão, tinta tempera, pincel, folha de desenho, EVAM, fotocópias.

1ª aula
Dinâmica:
A professora irá dividir a turma em duas equipes, cada equipe receberá um mesmo quebra -cabeça de uma obra do artista Jonh Constable, após o sinal da professora todos devem começar a montar, vence a equipe que montar primeiro corretamente o quebra -cabeça.

Depois de montado os quebra – cabeças a professora irá fazer uma leitura com os alunos da obra do artista:
Agora vamos observar a obra que tinha na dinâmica:





Constable - paisagem

O que vocês vêem nesta imagem?
Quais são os elementos da natureza que fazem parte desta imagem?
Quais são as cores utilizadas?
Quais as cores que chamam mais atenção na obra?
Este céu é real?
O que mais lhe chamou atenção nesta pintura?
Qual é o assunto desta imagem?
Esta é uma boa pintura?Por quê?
Depois desta dinâmica a professora irá fazer um breve relato sobre o artista e suas obras:
Agora vamos falar do artista Jonh Constable...
John Constable nasceu no dia 11 de junho de 1776,, Inglaterra e faleceu no dia 31 de março de 1837, Londres.
Constable, que fez da natureza seu tema principal. O céu, principalmente, o encantou devido às mudanças de luminosidade na natureza as quais governam tudo.Marcou fortemente esta sua obsessão com estudos das nuvens e da abóbada celeste, também experimentou diferentes técnicas com folhas molhadas e sereno, capturando novos efeitos, para retratá-los em seus trabalhos.Curiosidades:
Constable tinha grande afinidade com a poesia e ocasionalmente exibiu seus escritos.
Constable ganhou reconhecimento da sua obra lentamente, primeiro na França e depois na Inglaterra.
Foi um inspirador fundamental para os pintores do Romantismo e pintores de paisagem de forma geral.
Foi um dos artistas pioneiros na percepção e estudo da mudança dos efeitos da luz e condições atmosféricas na arte.

Suas obras mais conhecidas foram:
A Carroça do Feno
Stonehenge
Castelo de Hadleigh
A Catedral de Salisbúria Vista do Jardim do Bispado
Estudo das Nuvens em Hampstead
A Fazenda de Milho
O Campo de Milho
Este é um autorretrato dele:




2ª aula:
1º momento:
Aula no EVAM: Pesquisar no Google imagens, algumas obras do artista John Constanble, fazer comparações com as obras pesquisadas com a que foi apresentada em aula. O que mais se destaca nas pinturas.

2º momento
Vamos pintar?
Todos os alunos devem ir para o pátio da escola e observar como esta o céu, em seguida devem pintar em uma folha de desenho um céu utilizando tinta azul e antes que seque a tinta devem passar o algodão umedecido para marcar as nuvens, a professora deve aproveitar este momento para dizer aos alunos que na maioria das obras pintadas por John Constable ele enfatiza muito o céu e é por este motivo que os alunos devem usar a criatividade para pintarem o céu de sua obra. Os alunos também podem pintar os elementos que estavam presentes no céu durante a atividade. Após todos os alunos pintarem o céu, devem criar uma paisagem.




Relato:
Quando foi aplicada este plano de aula pude perceber a satisfação dos alunos em realizar a atividade de observação e posteriormente a pintura, eles compararam as suas produções com as obras do pintor John Constable e demonstraram interesse em pesquisar outros artistas que também pintam a natureza e de utilizar outras técnicas de pintura usando tinta tempera.


Bibliografia:
pt.wikipedia.org/wiki/John_Constable
curriculum.walsallgfl.org.uk
Google imagens











O ENSINO DE ARTES VISUAIS NA CONTEMPORANEIDADE


PROPOSTA TRIANGULAR


Ana Mae Barboza na sua proposta triangular, afirma que o aluno deve contextualizar, apreciar e fazer, para que tenha um aprendizado significativo nas áreas das artes. Sob esses tópicos recaem muitos conceitos e teorias à cerca do que é mais válido e masi necessário no ensino das artes.






CONHECER ARTE
•possibilita o entendimento de que arte se dá num contexto, tempo e espaço onde se situam as obras de arte.
•Ana Mae propõe que se trabalhe a contextualização nas aulas de artes em um contexto próximo e relacionado com o do aluno.




APRECIAR ARTE
•desenvolve a habilidade de ver e descobrir as qualidades da obra de arte e do mundo visual que cerca o apreciador. A partir da apreciação educa-se o senso estético e o aluno pode julgar com objetividade a qualidade das imagens.




FAZER ARTE
•desenvolve a criação de imagens expressivas, os alunos conscientizam-se de suas capacidades de elaborar imagens, experimentando os recursos da linguagem, as técnicas existentes e a invenção de outras formas de trabalhar a sua expressão criadora.







O ENSINO DAS ARTES NO BRASIL
Estimular a imaginação, despertar a sensibilidade, ampliar horizontes e deixar a criança experimentar são formas de ensinar esta disciplina.A sala de aula deve ser um espelho do atelier do artista ou do laboratório do cientista. Neles são desenvolvidas pesquisas, técnicas são criadas e recriadas, e o processo criador toma forma de maneira viva, dinâmica. A pesquisa e a construção do conhecimento é um valor tanto para o educador quanto para o educando, rompendo com a relação sujeito/objeto do ensino tradicional. Este processo poderá ser desafiador. Delimite-se o ponto de partida e o ponto de chegada será resultante da experimentação. Dessa forma, o ensino da arte estará intimamente ligado ao interesse de quem aprende.














Algumas reflexões sobre o ensino das Artes Visuais


As pesquisas sobre Artes Visuais, conforme Barbosa (2005), Buoro (2003), Hernández (2000), entre outros autores que abordam essa temática, apontam para uma revisão da compreensão da Arte na educação, compreensão da cultura visual estabelecida, bem como, a prática pedagógica do professor, considerando que este em sua trajetória, constrói e reconstrói seus conhecimentos conforme a necessidade de utilização dos mesmos, suas experiências e seus percursos formativos e profissionais.
As Artes Visuais caracteriza-se como área de conhecimento. Expressam, comunicam por diversas linguagens, dentre elas o desenho, a pintura, gravura, escultura, além das modalidades que resultam dos avanços tecnológicos e transformações estéticas, como a televisão, fotografia, artes gráficas, entre outras, atuando, desta forma, como mediadora cultural, ampliando a compreensão da cultura visual no nosso cotidiano. Conforme aponta FINGER, (2003. p 13). "É no cotidiano que sentimos a realidade e a partir dele, tecemos considerações e atribuímos seus significados ao que ocorre na própria realidade".
Vivemos em uma época caracterizada por um turbilhão de inovações tecnológicas e não temos como nos desvencilhar dela. A globalização e o acentuado desenvolvimento da mídia têm feito com que cada vez mais os alunos cheguem à escola impregnados de concepções e compreensões visuais.
Conforme HERNANDÉZ, (2000 p.51) " [...]a compreensão da cultura visual significa, em primeiro lugar, reconhecer que vivemos inundados de uma extraordinária variedade de imagens (e imaginários visuais)". Diante disso, exige-se professor, uma postura conhecedora e problematizadora frente a esta realidade. Não se pode mais simplesmente reproduzir algo que a cultura visual já se ocupa de divulgar, com a simples justificativa de que, fazendo desta forma, estaremos trabalhando com a realidade do aluno.
Partindo desse pressuposto, a escola é considerada como um espaço privilegiado para a construção da cidadania e o desenvolvimento integral do individuo, mediante a construção e o aprofundamento de conhecimentos e nós, professores, não podemos deixar essa área do conhecimento tão vazia, restringindo-a como recurso – didático – metodológico para outras disciplinas. Precisamos quebrar com este estigma de que não estamos preparados, mesmo que essa concepção do não saber-fazer, esteja arraigada em nossa sociedade. BARBOSA (2005, p. 31) afirma com muita propriedade que "só um fazer consciente e informado torna possível a aprendizagem em arte".
Na mesma perspectiva, VIGOSTSKY (1999, p. 325) salienta que "ensinar o ato criador da criador da arte é impossível; entretanto, isto não significa, em absoluto, que o educador não pode contribuir para a sua formação e manifestação.
Sabemos que a apreciação artística e a compreensão do "discurso visual" têm pouco espaço na sala de aula, principalmente nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, conforme, cita BARBOSA (2005 p. 17) "Nas aulas de artes visuais ainda domina na sala de aula o ensino do desenho geométrico, o laissez-faire, temas banais, as folhas para colorir (...)", desenhos estereotipados, cópias e imitações.
Diante do exposto, faz-se necessário uma mudança de concepção sobre a importância das Artes Visuais no contexto escolar e para tanto, o professor precisa estar respaldado em teorias que lhe apontem outras formas de pensar sobre o próprio fazer. Nesse sentido, teoria e prática são indissociáveis. Um processo, no qual não existem receitas prontas de como ensinar, aprender e compreender todas as áreas do conhecimento, mas sim, uma constante busca por subsídios que possam dar conta dos próprios anseios, dos alunos e suas culturas.



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Ao planejar suas aulas de artes, o professor busca novos recursos e técnicas para tornar suas aulas e atividades criativas e dinâmicas, junto aos alunos. Os elementos prescritos nos PCNs, o auxiliam, porque através deles, o professor pode explorar a aprendizagem do aluno e seu conhecimento sobre arte.

A ÁREA DE ARTES VISUAIS NOS PCNs

O mundo atual caracteriza-se entre outros aspectos pelo contato com imagens, cores
e luzes em quantidades inigualáveis na história. A criação e a exposição às múltiplas
manifestações visuais gera a necessidade de uma educação para saber ver e perceber,distinguindo sentimentos, sensações, idéias e qualidades contidas nas formas e nos ambientes. Por isso é importante que essas reflexões estejam incorporadas na escola, nas aulas de Arte e, principalmente, nas de Artes Visuais. A aprendizagem de Artes Visuais que parte desses princípios pode favorecer compreensões mais amplas sobre conceitos acerca do mundo e de posicionamentos críticos.
A educação de artes visuais requer entendimento sobre os conteúdos, materiais e
técnicas com os quais se esteja trabalhando, assim como a compreensão destes em diversos momentos da história da arte, inclusive a arte contemporânea. Para tanto, a escola,especialmente nos cursos de Arte, deve colaborar para que os alunos passem por um conjunto amplo de experiências de aprender e criar, articulando percepção, imaginação, sensibilidade,conhecimento e produção artística pessoal e grupal.
O desenvolvimento do aluno nas linguagens visuais requer, então, aprendizagem de
técnicas, procedimentos, informações sobre história da arte, artistas e sobre as relações culturais e sociais envolvidas na experiência de fazer e apreciar arte. Sobre tais aprendizagens o jovem construirá suas próprias representações ou idéias, que transformará ao longo do desenvolvimento, à medida que avança no processo educacional.Entende-se o estudante na escola como um produtor de cultura em formação.
A escola deve incorporar o universo jovem, trabalhando seus valores estéticos,
escolhas artísticas e padrões visuais. Não se pode imaginar uma escola que mantenha propostas educativas em que o universo cultural do aluno fique fora da sala de aula. A escola também deve ter propostas de orientação para jovens que ampliem seu repertório estético e os ajudem a posicionar-se criticamente sobre questões da vida artística e social do cidadão. Assim, as aulas de artes visuais devem ajudar o jovem a aprender e ter experiências sobre:
• sua integração e responsabilidade social como cidadão
participativo no âmbito da produção e da conduta ética (respeito
mútuo, solidariedade, diálogo, justiça) em artes visuais;
• sua inserção no universo da arte, valorizando e respeitando a
produção de artistas homens e mulheres, jovens e idosos das
diversas culturas;
• sua auto-imagem a ser continuamente reinterpretada e
reconstruída com base em conquistas pessoais e no confronto
crítico com imagens veiculadas pelas diversas mídias;
• o olhar crítico que se deve ter em relação à produção visual e
audiovisual, informatizada ou não, selecionando as influências e escolhendo os padrões que atendem às suas necessidades
para melhoria das condições de vida e inserção social;
• o cuidado no uso de materiais e técnicas de artes visuais,
preservando sua saúde, valorizando o meio ambiente e o espaço
de convívio direto com as outras pessoas;
• as questões da vida profissional futura, conscientizando-se sobre
os problemas éticos envolvidos nos modos de produção e
consumo das artes visuais, analisando essas relações do ponto
de vista do valor econômico e social da produção artístico cultural.
IDEIA PARA SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM


Conteúdo:

Cubismo e a arte moderna – Pablo Picasso





Contar aos alunos sobre a arte no século 20 e o nascimento do cubismo.
Apresentar a turma obras de Pablo Picasso.
Propor aos alunos atividades para que eles possam:
· conhecer, compreender e analisar a produção artística; estabelecer relações entre a produção artística e o contexto em que foi criada;
· utilizar as linguagens como meios de expressão;
· desenvolver a percepção e o potencial criativo em projetos coletivos.
Propor que a turma monte uma composição simples no meio da sala utilizando seus próprios objetos ( mochilas, cadernos, lápis , régua, ) etc.
Pedir que os alunos sentem-se ao redor do conjunto, observem a composição que criaram e com uma caneta de retroprojetor, desenhem o que vêem em folhas de transparência ou em envelopes plásticos.Oriente os alunos para que eles se preocupem apenas com os contornos das formas dos objetos .
Conte à classe que eles vão criar uma pintura cubista coletiva. Explique que pode ser feito um único trabalho ou vários, separando os alunos em pequenos grupos. Veja o que a turma prefere e comece a composição.
Monte na parede um painel com folhas de papel craft ou cartolina. Oriente os alunos para que, utilizando o retroprojetor, ampliem as imagens das transparências projetando-as sobre este painel, que estará fixo na parede. Misture os desenhos de pessoas que estavam sentadas em locais diferentes, sobrepondo as transparências, unindo diferentes vistas da composição em um único trabalho, lembrando que a proposta dos cubistas era a de mostrar simultaneamente várias faces de um mesmo objeto.
Peça que os alunos interfiram nos espaços surgidos entre as linhas, utilizando tintas, grafites coloridos ou giz de cera.
Ao término do trabalho reúna a turma, peça para que comentem a experiência. Retome algumas das imagens de obras do Picasso e procurem juntos estabelecer as convergências entre a proposta realizada e a do artista.















Artigo



Desafios do Ensino de Artes
Um dos grandes desafios do ensino de Arte na contemporaneidade é tornar-se uma disciplina reconhecida por alunos e professores dos outros componentes curriculares, já que a mesma recebe ainda, o estigma de apêndice para as outras disciplinas na Educação Básica.
Apesar de todos os esforços para o desenvolvimento de um saber artístico na escola, verifica-se que a Arte, historicamente produzida e em produção pela humanidade, ainda não tem sido suficientemente ensinada e apreendida pela maioria dos jovens brasileiros, pois a mesma surge como reprodução e não como reflexão na escolarização básica sem re-significação dos conteúdos abordados, re-elaboração dos saberes em Arte por professores e alunos.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais em Arte, uma das novas propostas na atualidade para o ensino de Arte, traz como eixo principal as quatro linguagens artísticas que podem ser trabalhadas em sala de aula, entretanto, este documento aponta para um ensino de Arte pautado na LDB nº 5692/71 em que a falta de uma preparação de pessoal para entender Arte antes de ensiná-la , gerou arte-educadores polivalentes. A nosso ver, a proposta dos PCNs na área de Arte é ambiciosa e complicada de ser viabilizada na realidade escolar brasileira. Para a sua aplicação efetiva, seria necessário poder contar com recursos humanos com qualificação o que implica desde a valorização da prática profissional até ações de formação continuada e acompanhamento pedagógico constante, além de recursos materiais que atendessem às necessidades da prática pedagógica em cada linguagem artística. Considerar as linguagens artísticas como um ato educativo em sua relação com a educação institucionalizada torna-se uma experiência desafiadora no sentido de questionarmos o ensino das Artes Cênicas, da Música, das Artes Visuais e da Dança no âmbito do Ensino da Arte, uma vez que este ainda guarda o estigma de ser tomado como apêndice ou auxiliar de outras disciplinas tidas como “nobres”.





Os novos desafios desse ensino institucionalizado é poder ter as quatro linguagens artísticas num mesmo estabelecimento de ensino, podendo o aluno ao longo de sua formação na Educação Básica vivenciar experiências nas quatro linguagens artísticas permitindo-lhe experienciar, fruir, contextualizar e criticar arte.
O valor educativo da Arte na Educação Básica se destaca, na medida em que reconhece a Arte como componente curricular imprescindível na formação do sujeito e para o exercício da vida cidadã.
www.pucrs.br/mj/artigo-desafios-do-ensino-de-arte.php